domingo, 22 de março de 2015

OS GOLPISTAS DA VENEZUELA E DO BRASIL NÃO PASSARÃO!

                                

Cuba fecha fileiras com a Venezuela e a ALBA

O mecanismo regional ofereceu seu apoio ao país sul-americano e pediu ao governo dos Estados Unidos revogar a Ordem Executiva do presidente Obama
CARACAS.— O presidente cubano Raúl Castro Ruz afirmou no dia 17 de março, na Cúpula Extraordinária da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) que Cuba fecha fileiras com a Venezuela e a ALBA, perante as últimas ações de ingerência do governo dos Estados Unidos, e confirma que "os princípios não são negociáveis".
Photo: Estudio Revolución
O presidente cubano, primeiro a falar na reunião efetuada no Palácio de Miraflores reiterou o apoio mais firme à pátria de Simon Bolívar e recordou as relações históricas que os Estados Unidos têm mantido com a América Latina e o Caribe, com base na dominação e na hegemonia.
“Com Cuba o fracasso tem sido retumbante, o que foi reconhecido por Barack Obama ao anunciar uma nova política em direção à Ilha que, tal como os porta-vozes dos EUA estão determinados em esclarecer, persiste em seus objetivos, mudando apenas os métodos”, expressou.
Na Cúpula, que contou com a presença de representantes da Nicarágua, Bolívia, Dominica, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Antígua e Barbuda, Granada, Equador e o Haiti, Raúl destacou o extraordinário acontecimento que representou o triunfo da Revolução Bolivariana, que marcou o início de uma época de mudanças no continente, depois do qual outras nações também resolveram empreender o caminho da independência. “Contra a Venezuela, o imperialismo testou, sem sucesso, todas as formas possíveis de desestabilização”, disse.
A arbitrária Ordem Executiva, ditada pelo presidente Obamna, que qualifica a Venezuela como uma ameaça para a segurança nacional, demonstra que os Estados Unidos da América podem sacrificar a paz e o rumo das relações hemisféricas... “É insustentável que um país solidário como a Venezuela possa representar uma ameaça para a potência mais poderosa do mundo”, disse Raúl.
"Apoiamos a posição digna, valente e construtiva do presidente Nicolas Maduro que, apesar da gravidade da ameaça, estendeu a mão ao presidente dos EUA para iniciar um diálogo baseado no direito internacional e no respeito mútuo, que conduza à revogação incondicional da Ordem Executiva do presidente Obama e à normalização das relações entre os dois países. A ALBA e a Celac deveriam acompanhar essa proposta".
O presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros de Cuba afirmou que a Venezuela não está sozinha, nem nossa região não é a mesma que há vinte anos. “Nós não vamos tolerar que seja violada a soberania ou seja quebrantada impunemente a paz na região”.
A VENEZUELA É UM POVO DE PAZ
Ao inaugurar a Cúpula desse mecanismo de integração, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro agradeceu as manifestações de solidariedade, especificamente a posição assumida pelos países membros da ALBA-TCP, que se reuniram com caráter urgente em Caracas.
“Estamos felizes em receber vocês, a independência da região é uma batalha inevitável e só juntos podemos consolidar-nos. A América está escrevendo uma nova história centrada em desfazer-nos dos grilhões do velho colonialismo que encheu o continente de escravidão e atraso”, disse o presidente.
“O primeiro passo rumo à descolonização do continente foi dado pelos comandantes Fidel Castro e Hugo Chávez”, lembrou Maduro, lembrando a história recente de seu país e concluindo que a revolução bolivariana, iniciada por Hugo Chávez em 1999, nasceu como resultado "de um longo processo histórico a partir da raiz de sua fundação: Simon Bolivar".
O objetivo desta reunião é fixar uma posição com vista à 7ª Cúpula das Américas, que se celebrará em abril, no Panamá, perante o novo contexto das agressões dos EUA.
“Este é um povo de paz”, disse Maduro, qualificando de ‘grave’ a decisão. “Estamos prontos para conversar com os Estados Unidos, para construir relações de respeito e amizade, em um clima franco e de igualdade”, afirmou.
Maduro agradeceu o apoio demonstrado à Venezuela e pôs ênfase especial na carta do líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, publicada em vários meios de comunicação. "Fidel Castro sempre presente e consequente", disse Maduro, depois de ler a carta que enfatiza que a Revolução Bolivariana sempre esteve disposta a discutir, de forma pacífica e civilizada com o governo dos Estados Unidos, e relembra as façanhas de Simón Bolívar.
Acerca da Cúpula do Panamá, disse que a mesma terá "como elemento vital histórico a vitória dos povos da América Latina e do Caribe, com a presença de Cuba, onde sempre devia ter estado e onde sempre, a partir de hoje, Cuba vai estar: na cadeira da dignidade".
APOIO TOTAL
Em uma alocução na rede nacional de rádio e televisão, Maduro deu a conhecer ao mundo a Declaração Final da Cúpula Extraordinária da ALBA-TCP, aliança que qualificou de entidade de paz, solidariedade, fraternidade e respeito mútuo. "O debate foi intenso, a declaração é extraordinária e deve ser levada a todos os recantos do país. Está surgindo uma nova diplomacia a partir do Sul", considerou.
O documento final rejeita a Ordem emitida, em 9 de março, pelo governo dos Estados Unidos, porque é injustificada e representa uma ameaça ao princípio da não intervenção nos assuntos internos dos Estados.
Ainda, expressaram seu compromisso com a aplicação do direito internacional e da resolução pacífica dos conflitos. Nesse sentido, eles pediram ao governo dos Estados Unidos para estabelecer um diálogo com a Venezuela, como uma alternativa para a situação, com base no respeito à soberania. Para isso, propuseram formar um grupo de facilitadores do nosso hemisfério e de instituições como a Celac, Unasul, a Caricom e a ALBA.
A ALBA-TCP reafirmou que a América Latina e o Caribe é uma zona de paz e enfatizou que a Venezuela não representa ameaça para qualquer país. Consequentemente, exigiu-se a cessação imediata da campanha da mídia.

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