sexta-feira, 27 de junho de 2014

O NOBEL DA PAZ ESTIMULA A GUERRA, ENQUANTO PUTIN..

Poderá a diplomacia de Putin prevalecer sobre a coerção de Washington?

por Paul Craig Roberts
. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, está a tentar salvar o mundo da guerra. Deveríamos ajudá-lo.

Hoje [24/Junho] o secretário presidencial de imprensa, Dmitry Peskov, informou que o presidente Putin pedira ao parlamento russo para revogar a autorização para utilizar força que lhe fora concedida a fim de proteger os residentes de antigos territórios russos que actualmente fazem parte da Ucrânia da raivosa violência russofóbica que caracteriza o governo fantoche de Washington instalado em Kiev.

Os neoconservadores de Washington estão eufóricos. Eles encaram a diplomacia de Putin como um sinal de fraqueza e de medo e instam por passos mais fortes para forçar a Rússia a devolver a Crimeia e a base naval no Mar Negro.

No interior da Rússia, Washington está a estimular suas quintas colunas de ONGs a solapar o apoio de Putin com a propaganda de que ele teme defender russos e abandonou a população russa da Ucrânia. Se esta propaganda ganhar terreno, Putin será distraído pelos protestos de rua. A aparência de uma fraqueza interna de Putin fortaleceria Washington. Muitos membros da jovem classe profissional são influenciados pela propaganda de Washington. Basicamente, estes russos, com cérebros lavados pela propaganda estado-unidense, estão alinhados com Washington, não com o Kremlin.

Putin colocou o seu futuro e o do seu país na aposta de que a diplomacia russa pode prevalecer sobre os subornos, ameaças, chantagens e coerção de Washington. Putin está a apelar aos europeus ocidentais. Ele está a dizer: "Eu não sou o problema. A Rússia não é o problema. Somos razoáveis. Estamos a ignorar provocações de Washington. Queremos fazer as coisas bem feitas e encontrar uma solução pacífica".

Washington está a dizer: "A Rússia é uma ameaça. Putin é o novo Hitler. A Rússia é o inimigo. A NATO e os EUA devem começar uma preparação militar contra a Ameaça Russa, enviar tropas e jactos de combate para bases da NATO na Europa do Leste na fronteira da Rússia. As reuniões do G-8 devem ser efectuadas sem a Rússia. Sanções económicas devem ser aplicadas à Rússia pouco importando os danos que as sanções façam à Europa". E assim por diante.

Putin diz: "Estou aqui à disposição. Vamos terminar com isto".

Washington diz: "A Rússia é o inimigo".

Putin sabe que o Reino Unido é um total estado vassalo-fantoche, que Cameron já foi comprado e pago tal como Blair antes dele. A esperança de Putin na diplomacia ao invés da força assenta na Alemanha e na França. Ambos os países enfrentam o orçamento da Europa e as agruras do emprego, e ambos os países têm relações económicas significativas com a Rússia. Os interesses dos negócios alemães são um contrapeso à fraca subserviência do governo Merkel à Washington. Washington estupidamente irritou os franceses ao tentar roubar US$10 mil milhões do maior banco da França. Este roubo, se tiver êxito, destruirá o maior banco da França e entregará a França à Wall Street.

Se o desejo de soberania nacional ainda existe nos governos alemão e francês, um ou ambos podia apontar o dedo a Washington e declarar publicamente que recusam que o seu país seja arrastado ao conflito com a Rússia por causa do Império de Washington e da hegemonia financeira de bancos americanos.

Putin está a apostar neste resultado. Se a sua aposta for má e a Europa fracassar não só para com a Rússia mas para com ela própria e o resto do mundo acomodando-se ao impulso de Washington pela hegemonia mundial, a Rússia e a China terão submeter-se à hegemonia de Washington ou estarem preparadas para a guerra.

Como nenhum dos lados pode permitir-se perder a guerra, a guerra seria nuclear. Como cientistas têm tornado claro, a vida sobre a terra cessaria, pouco importando se o escudo ABM (Anti-Ballistic Missile) de Washington funciona.

Eis porque oponho-me às políticas de Washington e falo abertamente contra a arrogância e o excesso de confiança que define a Washington de hoje. O resultado mais provável da busca de Washington da hegemonia mundial é a extinção da vida sobre a terra.
25/Junho/2014


O original encontra-se em paulcraigroberts.org e em www.globalresearch.ca/...

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

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