domingo, 5 de maio de 2013

MARX, PRESENTE!

                                      MARX, SEMPRE ATUAL
Há 195 anos, do dia 05 de maio de 1818, nascia  um dos maiores interpretes da história mundial: Carl Marx. Marx não só é inesgotável,  profundo como é  atual. O legado ideológico de Marx não está sujeito aos efeitos da velhice. Em Marx sempre podemos encontrar uma palavra que soa como se tivesse sido pronunciada hoje. Marx continua, hoje, nas primeiras filas dos lutadores ativos pela organização social do mundo. Seja quais forem as combinações de palavras, estas ou várias outras mais, com que queiramos expressar a altivez eterna, a constante atualidade das idéias de Marx sempre conviria acompanhá-las com uma exposição verdadeira, exata, circunstanciada e concreta das verdades marxistas.
Em primeiro lugar, há que se considerar que, em que pese a enxurrada cada vez maior de todo o tipo de informação, cresça continuadamente o número de leitores do próprio Marx, e não só divulgações de sua obra.
Em segundo lugar, não devemos subestimar o fato de que o extraordinário poder metodológico do gênio de Marx constituiu o aríete diante dos que não foram capazes de resistir, apesar de decênios de persistentes contra-ataques, nem as muralhas da apologética burguesa, nem as torres da escolástica positivista. Também a ciência social burguesa experimentou a sua poderosa influência. Atualmente, a cada passo dão mostras de sua atitude respeitosa com o Marx investigador, os mesmos que odeiam ferozmente o Marx revolucionário. Entre nós tem aparecido não poucos autores aparentemente objetivos que continuam fiéis sabujos da classe capitalista, porém que se unem, com prazer, “ em público” ao cortejo dos que põem nas nuvens o autor do “ O Capital”. Os motivos podem ser distintos, porém a idéia central, de suas arengas consiste em esbanjar elogios e amabilidades a essência rebelde do marxismo e esconder o seu fundador no lugar mais escuro possível... no museu  Madame Tussauds.
Há aqui mais um efeito conexo. O elogio do ideólogo da reação é como o beijo de Judas. Em certas ocasiões o faz com o propósito de criar uma impressão deformada, de provocar comentários desairosos, sobre aqueles aquém estão dirigindo. Por  isso nunca é demais repetir os versos de Lessing que Lenin cita referindo-se a  Marx: “ Quem deixará de elogiar a Klopstok? Porém o lerão muitos? Não, nós preferimos que nos elogiem menos, mas que nos leiam mais.”( V.I. Lenin-Obras Escogidas – Tomo I, pág. 131).
Já é uma tradição apelar para a imagem de Prometeu para se ter uma idéia do papel revolucionário que Marx desempenhou na história. O exemplo deste herói mitológico que roubou o fogo dos deuses para dá-los aos homens aos quais comungou com a luz e o calor materiais, como garantia de luz e calor moral, e sofreu as conseqüências por isso, inspirou Marx. E, entretanto, o que Marx fez é maior que todos os relatos do antigos gregos sobre Prometeu. Marx deu ao proletariado, aos povos, à Humanidade, o que não foi capaz de  dar nem Prometeu, nem nenhum outro herói: o conhecimento exato de si mesmos e, com isso, das condições de emancipar-se. O que a ninguém se podia pedir emprestado, o que não havia existido antes e tinha que criar de novo. Em toda a história precedente não existiu que se pudesse comparar com a obra de Marx. Segundo Andropov, “A filosofia que Marx deu à classe operária, marcou uma virada na história do pensamento social”.( “A doutrina de Marx e algumas questões da edificação socialista na URSS”). A humanidade não conhecia de si mesma nem uma ínfima parte do que conheceu graças ao marxismo. A teoria de Marx, representada na integridade orgânica do materialismo dialético e histórico, da economia política e a teoria do comunismo científico, constituiu uma autêntica revolução planetária e, ao mesmo tempo, iluminou o caminho para profundas revoluções sociais.
Grandioso é o edifício do Marxismo. E dificilmente pode existir um marxista instruído havendo lido algum ou outro livro, mesmo que escrito com talento. O destino inelutável do marxismo é seu estudo sistemático e diário por um crescente número de pessoas,seu vivo e incessante funcionamento na prática revolucionária criadora das massas, seu constante enriquecimento sobre a base do material  científico e prático que se acumula. Isso é precisamente sua existência real, incompatível com qualquer tipo de dogmatismo. As vezes nos perguntam a nós, comunistas: “ Acaso é correto agora, em pleno século XXI, seguir uma doutrina que foi formulada há mais de um século ?”. Porém a rigor, nada propõem (nem podem propor!) como alternativa.  O “argumento da idade”  do marxismo está na boca, nas palavras, dos que desejariam seduzir a humanidade com a corrida  atrás das mariposas efêmeras de todo o gênero de conceitos superficiais que engendra, sem cessar, o pensamento social burguês, que Lenin chamava moda desfalecida. Porém,  a “idade” da verdade pode afetar a sua dignidade? Não ocorre o contrário, que quanto mais se vê confirmada a verdade pela realidade, mais valiosa é? Os marxistas não se prendem ferrenhamente, nem muito menos, a qualquer particularidade da doutrina de Marx que, naturalmente, pode ser afetada pela erosão do tempo, nem insistem nas valorações realizadas na base puramente de fatos ocorridos e que ficaram no passado junto com as situações que os geraram. Nós, marxistas, conhecemos perfeitamente, ao mesmo tempo, a força do método dialético-materialista marxista e estamos convencidos na realidade de que é a mais importante conquista espiritual da Humanidade em toda a sua história milenar. E tal como é o método, é em princípio a teoria.
Para mostrar a força da atualidade da doutrina de Marx, após 130 anos, não é necessário buscar novas páginas suas ou outras que não tenha sido lidas até o fim. Creio que é melhor buscar outro caminho mais conhecido porém sempre inédito: esclarecer uma vez mais os enunciados que, aparentemente, sabem todos os que conservam sua qualidade irrefutável e palpitante atualidade. Por isso, mais que nunca, podemos afirmar Marx, Sempre Atual.
  

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