quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O IMPERIALISMO COMANDADO PELOS EUA QUEREM A SIRIA


A Síria defende-se da agressão imperialista

por John Catalinotto
. NOVA YORK – Durante os últimos 19 meses de guerra civil caótica na Síria, com rebeldes da oposição armados pelos

Durante os últimos 19 meses de guerra civil caótica na Síria, com rebeldes da oposição armados pelos EUA, pela NATO e pelas monarquias do Golfo através da Turquia, já alguma vez ouviu representantes do governo sírio a defenderem a posição do seu governo a respeito do combate no seu país?

Se vive nos EUA imperialista ou na Europa, a sua resposta provavelmente é "nunca". Por que? As estações da televisão síria estão proibidas por sanções e as televisões de propriedade corporativa dificilmente alguma vez oferecem declarações do "inimigo". Mesmo em outros países de língua árabe, a posição síria tem sido abafada pela propaganda anti-síria do Qatar e da Arábia Saudita.

Durante umas poucas horas, numa igreja no Upper West Side de Manhattan, em 21 de Outubro, houve uma oportunidade de ouvir a posição síria expressa por um porta-voz oficial sírio. A audiência também ouviu outros internacionalistas que apoiam a defesa da Síria daquilo que pode ser descrito como um ataque imperialista.

A reunião contou com o conselheiro Dr. Mazen Adi, da Missão Síria junto às Nações Unidas, bem como com o activista internacional de direitos humanos Ramsey Clark e a jornalista britânica Lizzie Phelan, conhecida pela sua corajosa reportagem da Líbia durante o assalto imperialista de 2011 àquele país.

Adi explicou que o movimento de oposição na Síria era complexo e à princípio o povo apresentou pedidos para que o governo o ouvisse. O governo ofereceu um "cabaz de reformas". Alguns na oposição aceitaram as reformas e novas discussões, mas outros "queriam implementar a sua própria agenda... destruir a Síria".

"O governo queria vir para a mesa [de conversações], mas foi recebido com bombistas suicidas", observou Adi. "Pessoas a combaterem o governo acreditavam estar a faz jihad". Ele explicou que há na Síria milhares de combatentes de países muito diferentes em dúzias de diferentes grupos com diferentes programas, tornando negociações quase impossíveis.

Adi enfatizou o papel desempenhado pela Síria ao receber no seu país quaisquer refugiados árabes, especialmente os mais de um milhão de pessoas forçadas a fugir do Iraque durante a guerra ali conduzida pelos EUA. Também notou que a Síria é um país muito diverso, com dúzias de diferentes religiões, seitas e grupos étnicos.

Além disso, explicou as dificuldades que a Síria enfrenta em apresentar o seuj lado da história. "O meu país não tem os petrodólares" que o Qatar tem para a Al-Jazeera e Arábia Saudita tem para a Al-Arabia, duas estações de TV por satélite. "Portanto nós não podemos sequer apresentar a nossa posição em árabe. As emissões das nossas três estações nacionais estão bloqueadas da Europa devido a sanções".

A Press-TV, a Peoples Video Network e a Truth for a Change gravaram a reunião para futura emissão ou difusão na Internet e a CPRMetro.org difundiu a discussão em tempo real. Serão os movimentos progressistas e anti-guerra aqui a publicar a reunião e acessá-la a fim de contrapor-se ao monopólio dos media corporativos.

Lizzie Phelan também tratou do monopólio ocidental dos media. Nas mais recentes intervenções os media imperialistas foram ajudados pela Al-Jazeera e Al-Arabia. Phelan foi um dos poucos repórteres internacionais na Líbia no ano passado que descreveu a batalha do país contra a NATO de modo diferente da "estória oficial" relatada pelos media corporativos na Europa e nos EUA.

Finalmente, depois de Kadafi ter sido assassinado e o seu governo derrubado, os media ocidentais começaram a deixar surgir algo da verdade, disse Phelan. Agora o que se vê na Líbia é caos e uma forte presença de forças como a al-Qaeda, com um "ricochete" que resultou na morte do embaixador dos EUA.

Larry Hales, representante do International Action Center, mirou o próprio sistema capitalista e a actual crise económica irresolúvel como a força condutora por trás da tentativa imperialistas de reconquistar países como a Líbia, Síria, Iraque e Afeganistão.

Outros oradores na reunião, além de Clark, incluíram Ardeshir Omani, do Comité de Amizade Americano-Iraniano, e Ben Becker, da Answer Coalition. Estes grupos, o IAC e o Conselho da Paz de Nova York patrocinaram a reunião. Omani e Clark centraram seus comentários nas ameaças contra o Irão. Ellie Omani da AIFC e Sara Flounders do IAC presidiram o evento.

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