sexta-feira, 12 de outubro de 2012

VENEZUELA DERROTA A SANTA ALIANÇA DO SÉCULO XXI


Coalizão Internacional é o nome dado por Hugo Chávez aos segmentos derrotados por ele. Não uma aliança de forças locais, embora com muito poder financeiro, e um candidato que não se compara a Chávez intelectualmente, nem  as solas dos seus sapatos. Mas um poderoso grupo de estados imperialistas, oligarquias latino-americanas e a direita transatlântica, que  decidiu colocar toda a carne na grelha para de uma vez  remover o incomodo presidente venezuelano. Estavam em jogo transcedentais interesses econômicos e geopolíticos. Chávez encabeça o povo, que além de ter as maiores reservas de petróleo do mundo e significativos recursos financeiros, é a principal referência na conquista da segunda independência, a unidade e integração da América Latina e do Caribe, animador de Alba, Petrocaribe , Unasul e CELAC. Sua liderança fez da Venezuela o principal centro na luta contra o capitalismo global e sua fase neoliberal, contra o imperialismo e a guerra, pela democracia participativa e o socialismo. Junto com outros projetos latinoamericanos e caribenhos  mostra que é possível uma alternativa as formas brutais de exploração neoliberal e  crescente opressão política  dos povos, estendidas agora  para os Estados Unidos e Europa.


A Santa Aliança do século XXI  liderada pelo Norte revolto e brutal  teria marcado sua maior vitória política desde o colapso da União Soviética e do socialismo chamado real se tivesse conseguido derrotar o  chavismo, em 7 de outubro. Foi enorme e  significativo a vitória alcançada pelo povo venezuelano. Implica também o maior revés sofrido pela contraofensiva lançada por Washington contra as forças populares em nossa região. Iniciada com o ataque Yanke-Uribe ao Equador, tem as suas principais ligações nos golpesde Estado  em Honduras e Paraguai, e continua ofreio  no México através de uma alternativa ao neoliberalismo ,o restabelecimento da Quarta Frota e a projeção do poder militar até  o sul do continente através de novas missões e bases militares e planos supostamente contra a delinquencia organizada cujo verdadeiro objetivo é semear o terror e criminalizar o protesto social.

A vitória bolivariana foi justamente   o que era necessário neste momento. Mas não basta vencer por uma margem de mais de 1.600.000 votos (11 pontos percentuais), que tornaram impossível  a recorrente e mentirosa acusação de fraude  contra-revolução  a um sistema eleitoral exemplo de transparência no mundo. Interrompeu os planos para provocar o confronto e violência nas ruas e dar o pretexto para a intervenção militar imperialista. A máquina mediática do império  propalava nas últimas semanas, a noção de que o candidato da oposição foi ganhava  terreno enquanto Chávez perdia. Já estava na mão o empate técnico  que ocorria  precisamente nos dias da proibição eleitoral, argumentavam  dezenas de inteligentes analistas políticos. Se tivessem  vergonha não  se atreveriam a continuar  repetindo  as mesmas mentiras e calúnias aos escribas e profetas frustrados do  El País, CNN e  seus homólogos da América Latina..
Outro ponto a destacar no  07 de outubro é a concorrência de mais de 80 por cento dos eleitores, demonstrando conclusivamente o interesse político dos venezuelanos, a confiança de que o seu voto é contado e -conta- e as raízes na população de uma cultura política que vê as eleições como meio para resolver as diferenças de opinião. Esta é uma grande conquista dochavismo contra o  golpe  e o desprezo ao povopor parte de numerosos  de líderes da oposição.
Claro que na Venezuela há problemas. O presidente Chavez foi  muito crítico da gestão governamental antes e imediatamente após as eleições e já o chavismo debate o resultado eleitoral com a inenção de corrigir os erros, aprofundar a orientação ao socialismo e tirar lições, de imediato, para as eleições legislativas e de governadores em dezembro, também muito importantes.
 Fonte: rebelio.org
Tradução e adaptação: valdir silveira

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