sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O CHORO DA AVICULTURA BRASILEIRA


Deu na imprensa:

"Secretaria de agricultura detalha ações adotadas para apoiar avicultura do Paraná

Atendendo a pedido dos deputados estaduais, o secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, esteve na Assembleia Legislativa para falar sobre a crise que afeta a avicultura paranaense e as medidas adotadas pelo governo para apoiar os produtores. O segmento é responsável por cerca de 660 mil empregos no estado, entre diretos e indiretos.
  
Segundo o  secretário  "O governador Beto Richa está preocupado com a manutenção do modelo de integração entre empresas e avicultores, que deu tão certo no Paraná, e quer evitar a ameaça de quebra que paira sobre o setor".
   
Ortigara lembrou que o Paraná se tornou o maior produtor nacional de carne de frango, com uma produção anual de 2,8 milhões de toneladas. Anualmente são abatidas no Estado 1,4 bilhão de aves, o que corresponde a um abate de quatro milhões de aves por dia.
   
  
Origem da Crise
De acordo com Ortigara, o setor avícola no Estado vinha crescendo num "ritmo chinês" até que em agosto deste ano o preço da soja e do milho, grãos que compõem a ração animal, registrou alta além da normalidade, em decorrência do anúncio da quebra da safra de milho norte-americana. A tonelada de farelo de soja, que era vendida a R$ 611,82 em agosto de 2011, hoje está em R$ 1.400,00 - ou seja, o preço mais do que dobrou.
Afirmou ainda o secretário Ortigara, que  mesmo assim o setor continua crescendo no Estado por conta de novas plantas industriais que entram em operação até o final deste ano. Hoje no Paraná são 42 indústrias entre abatedouros e incubatórios e cerca de 19 mil avicultores que dependem do setor para gerar receita.

Propostas
De acordo com Ortigara, a recuperação da avicultura passa pela recuperação da perda de capital de giro das indústrias. O documento enviado ao governo federal pede a liberação de uma linha de crédito nos moldes do Procap Agro (Programa de Capitalização das Cooperativas Agropecuárias) para viabilizar a continuidade das atividades dos abatedouros nesse período de crise.
Conforme o documento enviado ao governo federal, para solucionar o problema a taxa de juros para essa linha de crédito deve ser de no máximo de 5,5% ao ano ou Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais 1% ao ano e com prazo mínimo decinco a seis anos para pagamento.
Outra reivindicação apresentada pelo Paraná foi a agilização da remoção dos estoques do milho da região Centro Oeste para o Paraná, via Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), que promove vendas de milho em balcão para os pequenos avicultores a preços subsidiados. Não há falta de milho no Estado, disse o superintendente da Conab no Paraná, Luiz Vissoci, que também compareceu à audiência na Alep para explicar como estão as negociações para o transporte do grão.
A remoção dos estoques de milho da região Centro Oeste para venda subsidiada em balcão iria baratear o preço do milho na região Sul do País, sem afetar o preço ao produtor, explicou o secretário.

Vejam as contradições: o superintendente da Conab diz que " não há falta de milho no Estado" e os avicultores pedem " remoção dos estoques de milho da região Centro Oeste". Por que? Porque  a especulação toma conta do sul do país; porque os estoques de milho e soja já estão nas mãos das multinacionais, das grandes " treidingues". De nada adiantaos Procap Agro e linhas de crédito especiais que não resolverão o problema. O Governo tem de intervir nessa Mercado Persa do Milho e da Soja, assim como as grandes cooperativas de produtores que ficham réfens dos grandes comerciantes de grãos em prejuizo a grande cadeia produtiva de aves e suinos. Querem estancar a febre quebrando o termômetro! Coisa de doido!
Ou enfretam as multi ou continuarão  se ferrando. Mas ... como sempre quem entra pelo cano são os integrados.

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