sábado, 28 de janeiro de 2012

RESPOSTA A UM TEXTO DO MEMBRO DO COMITE CENTRAL DO PCB

        PARA ONDE VAI A CLASSE MÉDIA BRASILEIRA” OU, OS EQUIVOCOS DA CLASSE MÉDIA  ACADÊMICA
                                                                                          
    Está na hora de a classe média tomar consciência de sua tendência à proletarização e juntar-se ideologicamente (grifos meus) às demais classes que compõem o proletariado para questionar o próprio sistema em que vive”(Sergio Prieb)

Usar as teorias, o legado revolucionário, comunista de Marx e Engels para justificar uma posição dúbia, um sonho, um devaneio pequeno burguês, em pensando que a classe média poderá “ juntar-se ideologicamente às demais classes que compõem o proletariado”, não passa de uma falsificação das idéias, do  pensamento dessa grande dupla Marx e Engels. Há muito que alguns dirigentes intelectuais e acadêmicos do PCB que, revoltados com o capitalismo, com os perigos de sua proletarização enquanto membros da classe média, transformando-se em marxólogos, tentam “radicalizar”, diríamos, sectarizar posições políticas, análises de conjuntura, dentro do PCB, distorcendo o processo político em andamento e com isso nos afastando do nosso verdadeiro objetivo, qual seja, a organização da classe trabalhadora.
As posições panfletárias defendidas pelos revoltados acadêmicos da classe média, pertencentes da universidade pública já privatizada e a serviço da burguesia, nos afastam do proletariado da cidade e do campo,quando destilam seu ódio de classe e  pessoal contra líderanças aprovadas e aplaudidas pelos trabalhadores.
O acadêmico Sergio Prieb, Membro do Comitê Central do PCB,  tenta desqualificar a metodologia e as estatísticas dos seus colegas economistas da FGV- Fundação Getulio Vargas, quando estes afirmam “ que cada vez mais pessoas estão emergindo à condição de classe média(...) indicando que 94,9 milhões de brasileiros comporiam a nova classe média(50,5% da população”. Por outro lado, Prieb não cita quaisquer estatísticas e/ou metodologia que embasam sua teses sobre a proletarização da classe média. Não servem como referência estudos de pesquisadores de modelos europeus que diferem da nossa realidade, como é o caso da citação de Jean Lojkine, feita por Prieb. Querer transportar,copiar estudos de modelos europeus e implantá-los no Brasil é seguir a lógica do binóculo invertido; é não enxergar um palmo na frente do olho!
A taxa de desemprego no mundo e no Brasil atinge, como sempre, especificamente com maior intensidade, com maior voracidade, a classe trabalhadora das cidades e do campo e, em pequena escala, a classe média. Por que? Porque a classe média é composta por trabalhadores com alto índice de escolaridade,  especializados, de alta qualificação profissional que, facilmente, dão a volta por cima e se inserem rapidamente no mercado de trabalho, recuperando seu status.  Já os operários, os camponeses a estes resta compor a exército de reserva dos desempregados, dos sem-teto,dos sem-terra e aumentarem o inchaço das cidades e capitais brasileiras onde estão os grandes bolsões de pobreza, os cortiços que cercam as grandes capitais do país.
Não podemos nos esquecer que os quadros políticos da classe média, seus intelectuais e acadêmicos são os altos dirigentes das universidades públicas(?) e particulares, bem como compõem  a estrutura gerencial e a capatazia das multinacionais,dos grandes conglomerados nacionais e internacionais.  Enfim são os grandes executivos do capitalismo. Eles virão, ideologicamente, para o nosso lado? Pura sandice! Alguns segmentos  da classe média poderão se incorporar ao nosso campo, a nossa luta, mas enquanto Classe Média sempre estarão a serviço dos interesses da burguesia,do capital. Quem deve se preocupar com Classe Média é o PSDB, não o PCB!






                                                                                                        

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